sábado, 7 de novembro de 2009

Rodei a Baiana

Pois é...

Olha só como é a vida........

Foi só eu escrever aqui sobre os infelizes que acham que o mundo lhes deve satisfação e que todas as pessoas não fazem mais nada além conspirarem contra a sua pessoa, que topei com um assim. Parece que foi para por à prova a minha capacidade de entendimento, tolerância e respeito ao próximo.

Fui exposta a uma situação bastante constrangedora de ser questionada e acusada diante de terceiros e em altos brados sobre algo que não havia feito nem dito. Pura agressividade e falta de boas maneiras! Já não era a primeira vez que essa pessoa pequena e sem educação me tratou assim e dessa vez resolvi enfrentar. Não aguentei. Insurgi contra o meu agressor com toda a razão que julgava ter, fazendo com que ele engolisse as palavras e ficasse quieto ou, no mínimo, se surpreendesse e parasse pra pensar. Quem fala o que quer, ouve o que não quer!

Detesto esse tipo de situação e normalmente fujo para me preservar, pois tenho medo da minha própria agressividade. Mas pude perceber que isso não é saudável. Guardar para mim a minha raiva e indignação e não falar o que penso no quente da situação é péssimo. Dá dor de barriga e demora a passar. Ao reagir, saí leve, de consciência tranquila e confiante de que nada do que disse pode ter sido tão fora da realidade apesar da mente turvada pela raiva.

Foi uma evolução pessoal, um marco para mim. Educação demais às vezes atrapalha e a gente tem de saber rodar a baiana quando é preciso.

Já recebi um pedido de desculpas (obviamente não foi do infeliz que provavelmente continua achando que pode falar tudo o que quer) e tive apoio de outros ouvintes. Para mim, basta isso como feedback.

Esse sujeito está fadado a ficar só na vida, pois todos vão um dia perceber sua pequenez e virar as costas pra ele. Isso só vai mudar (se for o caso) no dia em que a solidão o incomodar e ele tomar consciência de que, se todos se afastam dele, a razão não está nos outros, mas sim nele próprio. Nesse momento, para manter uma vida social minimamente civilizada, ele vai ter de aprender e praticar boas maneiras, tolerância, autocontrole, civilidade e, principalmente, vai ter de aprender a ter contenção verbal. Nessa hora ele vai notar que o mundo trata muito bem quem é educado, gentil e pratica o amor.

Para terminar copio aqui um poema que recebi de um amigo:

Maneiras

As pessoas possuem um infindo espectro de maneiras

Algumas são repletas de sutileza, interesse e sofisticação

Outras são supérfluas, prepotentes e repletas de asneiras

Enquanto outras vagam entre esta e aquela, perdidas na indecisão


As primeiras são como refinados diamantes

Pois suas curiosidades possuem a firmeza de seguir aprendendo

E as suas sofisticadas linhas provocam um frenesi alucinante

Que incita os convivas ao prazer de com eles continuar convivendo


As segundas são como um novo produto que invade o mercado

Pois normalmente chegam carregados de atributos interessantes

Mas que em segundos tornam-se obsoletos, perdem o brilho e são ignorados

Transformando-se em apenas mais uma peça num fluxo itinerante


As outras por serem ora um novo produto, ora um diamante

Possuem a angústia conflitante de todos os seres indecisos

E essa atitude inconsistentemente mutante

Faz com que o convívio seja mais um suplício do que um paraíso


A beleza do diamante é que sua estima está sempre valorizando

O desalento do produto de mercado é que ele rapidamente perde o valor

Enquanto que o indeciso vaga na balança entre o definhando e o prosperando

Ah Vida! Opções, pessoas, estilos, gostos e desgostos. Esplendor! (Tadany – 17 05 08)







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