quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Auto Conhecimento e Amor

Hoje estou mais tranquila de tempo e por isso posso relaxar e deixar o meu coração "falar" alguma coisa.

Desde que criei esse blog alguma coisa mudou em mim. Tenho o agradável compromisso de postar algum texto de quando em quando para não deixar o blog sem "assistência". É como uma planta que precisa ser regada para não secar ou um filho que precisa de atenção e alimento. Essa obrigação está me fazendo ficar mais atenta às coisas que me acontecem no dia a dia, pois tudo pode ser tema a ser desenvolvido: desde uma conversa com as amigas na esteira da academia, uma atitude de um colega do trabalho, um olhar que nos paralisa por alguma razão, um livro, uma notícia de jornal, etc. É como se uma outra Ana Lúcia andasse perto de mim com um caderninho na mão anotando temas para escrever. Muito divertido!

Com isso estou mais atenta à minha rotina e percebendo melhor o que acontece à minha volta. Eu passava pelas coisas meio no automático, sem dar muita importância e agora estou prestando atenção ao que sinto quando vivencio cada um desses estímulos. Estou gostando disso. Os terapeutas talvez digam que esse é exercício para o auto conhecimento. Nada mal... mais fácil do que eu imaginava.

Li certa vez num livro que a autoconsciência é a origem das mais altas qualidades humanas. A nossa capacidade de nos vermos do exterior é a característica que nos distingue dos animais. Podemos nos ver como os outros nos vêem e sentimos empatia, ou seja, somos capazes de nos colocarmos no lugar do outro e imaginar como nos sentiríamos e o que faríamos se fôssemos ele. Essa aptidão constitui os rudimentos da capacidade para amar ao próximo, ter sensibilidade ética, considerar a verdade, criar a beleza, dedicar-se a ideais e morrer por eles, se necessário. É isso mesmo!

É muito fácil de ver quem tem e quem não tem essa aptidão. Há pessoas que acham que o mundo deve servi-las, que tudo acontece em função da existência delas. Vivem como se fossem vítimas das "maldades" alheias. Essas pessoas são vingativas, mal humoradas, birrentas, reclamonas. São sempre abandonadas, ninguém as quer por perto. E elas vão ficar sozinhas, queiram ou não queiram!

Já aquelas que ouvem com atenção os dois lados, que são educadas e capazes de falar sem agredir o outro só por que ele tem uma opinião diferente, são queridas e agradáveis. Nunca estão sozinhas ou pelo menos são bem recebidas onde quer que estejam, encontram conforto enquanto passam pela estrada da vida.

São as relações interpessoais que nos fazem crescer, que nos ensinam a amar. E o amor é cola que nos une aos outros, a nós mesmos e a Deus.

Bjs


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