segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Minhas Férias

Olá amigos!

Só agora, em fevereiro, é que consegui tirar uns dias de férias. Trabalhei bastante durante todo o mês de dezembro e boa parte de janeiro. Tive negócios para finalizar, clientes para atender e tinha de ficar por perto, não dava pra sair da cidade.
No entanto, finalmente consegui sair um pouco.
Passei uma semana em Ubatuba. Foi uma semana DE LI CI O SA!
O tempo esteve perfeito, como nunca vi. Céu azul e sol estalando desde cedinho. Eu acordava com o sol batendo na minha janela, como se tivessem acendido a luz do meu quarto, todos os dias, às 8h10min.
Com o sol colorindo tudo, eu ia cedo pra praia, que normalmente me recebia fresca, limpa e muito colorida. O mar era verde garrafa, calmo, água morna e transparente, com areia branquinha, solta, coroada por uma vegetação verde escura, densa, em montanhas revestidas de floresta totalmente preservada e exuberante depois de tanta chuva. Era a coisa mais linda, parecia um cenário de filme.
À noite eu passeava pela praia com a constelação de Órion bem no topo do céu, rodeada de tanta estrela que nem dava pra acreditar.
O calor estava de matar. Temperaturas próximas dos 40 graus todos os dias. Esse foi o único senão dessa semana. Na véspera de vir embora fomos nadar no mar à noite para tentar amenizar o calor. Fomos para a praia na hora do pôr do sol e o céu me presenteou com cores quentes, desenhos belíssimos feitos pelas nuvens ora branquinhas, ora rosas, laranjas, roxas... Foi uma semana inteira sem uma única gota de chuva. Eu nunca tinha tido uma experiência assim na praia.
Fizemos um lindo passeio de carro até Parati, parando para tomar banho de mar em várias praias, todas quase desertas, lindas e cachoeiras refrescantes. Que delícia!



Foi difícil voltar pra casa.

No sábado de carnaval fui pra fazenda e na 3a feira fui pra São Paulo para mudar (e muito!) de cenário (nem praia, nem campo)
Foi muito gostoso curtir a cidade, ver coisas lindas nas lojas sofisticadas e glamourosas que só São Paulo tem, com muita gente bonita, comida gostosa, bom atendimento. Adoro essa cidade.
Em 6 dias assisti a 10 filmes!!! Os cinemas são muito bons e, por causa do Oscar, essa é a época de ouro do ano, no que se refere a bons lançamentos de filmes. Revi amigos, joguei boliche, caminhei pelas ruas da cidade, conheci shoppings que não conhecia. Uma delícia. É engraçado com a gente costuma dar mais valor às coisas quando se afasta delas né? A cada vez que vou pra SP acho a cidade mais bonita. Me deu até uma vontadezinha de morar de novo por lá...

Mas a vontade já passou...

Acabo de chegar a minha casa. Gosto muito daqui também! Tava com muita saudade do meu canto, das minhas coisas, da minha vida. Férias servem pra isso mesmo: quebrar a rotina e comprovar que a vida é muito boa e que não precisamos de lugares caros e distantes para sermos felizes.


quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Brotas

Hoje vou contar como foi meu findi em Brotas com meu filho e a namorada dele.
Foram 3 dias, pois aproveitamos o feriado de aniversário de SP, que caiu na 2a. feira.

Brotas fica no centro do estado, no pé de uma serra belíssima na face norte dela, sendo que Botucatu, onde temos a fazenda, fica pouco mais ao sul, na mesma serra, só que na parte alta.
A topografia de Brotas é muito familiar mas maravilhosa. As fazendas parecem jardins cuidados com muito capricho pela natureza e por seus proprietários.

Cheguei à cidade na 6a feira por volta das 16h. A pousada fica bem no centro, de onde se pode ir à pé aos bons restaurantes (comida boa!!!), agências dos passeios e um cinema excelente, que fica num prédio antigo, reformado e adaptado. Lá, além do cinema há um café e um restaurante, tudo muito novo, de bom gosto. Propriedade do cantor Daniel, que é nativo da cidade.

Naquela mesma noite, enquanto esperava meu filho chegar de SP assisti Avatar. ODIEIIIII!!! detesto filme de monstro! a estória é ridícula, infantil, trata de proteção às minorias, insinuando questões de exploração indígena, misturando deficientes físicos... um horror!!!

No dia seguinte fomos escolher os nossos passeios.
fizemos um pacote para sábado e domingo que incluía: Arvorismo, rapel, tirolesa, rafting e um passeio de quadriciclo. Tudo de bom!

Curtimos muito tudo o que vimos, os aromas que sentimos, os barulhos que ouvimos e as belas paisagens. Sem falar na adrenalina!!!

As agência que escolhemos era muito bem estruturada, organizada, pontual. Havia bons guias e todos muito bem treinados. Adorei.

Foi um findi diferente e delicioso. Pude ver que tenho muita coragem para os desafios radicais e não perdi a bravura mesmo depois de um pequeno acidente que sofri, numa aterrissagem meio esquisita de um vôo a 80m de altura sobre um vale de onde se vê uma linda cachoeira. Nada de grave aconteceu mas fiquei com o rosto um pouco raspado e o olho roxo... Tudo bem. foi só um susto que me abateu mais emocionalmente do que fisicamente. Abalou um pouco as minhas convicções e confiança. Mas logo passou...

No dia seguinte fomos ao rafting. Descemos de bote um rio belíssimo e super cheio por causa das intensas chuvas desse mês. Foram 9km de descida, com quedas de até 3m de altura. Emoção pura!

O passeio de quadriciclo teve como principal desafio a lameira das estradas. Quadriciclo até que é bem estável e quase não derrapa mesmo nos piores trechos. Mas a visão da estrada nos trechos mais precários, com ladeiras cheias de buracos era assustadora para nós que só estamos treinados a dirigir automóveis. Isso tudo sem falar na chuva forte que nos atingiu durante todo o trajeto de volta. Os pingos de chuva batiam forte no nosso corpo e o vento era gelado. Voltamos no maior pau pelas estradas que passam por dentro de fazendas, vales, bosques de eucaliptos perfumados, animais... Um visual maravilhoso que nunca vou esquecer.

Foi um fim de semana muito bom. Ao vermos que Brotas é razoavelmente perto da fazenda já temos planos de ir até lá passar o dia e fazer algum passeio que não tivemos tempo de fazer desta vez...






sábado, 19 de dezembro de 2009

Feliz Ano Novo!!!

Hoje acordei inquieta...
Aliás, ando inquieta há algum tempo já.
To com vontade de mudar tudo de novo.
Mudar de cidade
Mudar de amigos

Seria uma decorrência natural por estarmos no fim do ano ou seria uma nova crise pessoal que se instalou em mim? Só sei que a insatisfação está imensa.

Olha só que coincidência: peguei um dos meus livros preferidos, Mulheres que correm com os Lobos e abri numa página aleatoriamente escolhida. Encontrei ali a mensagem que traduz exatamente o que sinto... incrível!:

"Se você tentou se adaptar a qualquer tipo de forma e não conseguiu, talvez você tenha muita sorte. (...) É pior ficar ali onde não nos sentimos bem do que vaguear perdida por um período em busca da afinidade psíquica e profunda de que precisamos. NUNCA É ERRADO IR À PROCURA DO QUE PRECISAMOS. NUNCA MESMO. Há algo útil em toda essa tensão. (...) Embora o isolamento não seja algo que se deseje por ser divertido, provém dele um ganho inesperado. As dádivas do isolamento são inúmeras. Ele elimina a fraqueza com os golpes. Ele erradica as lamentações, proporciona um insight penetrante, aguça a intuição, assegura o poder incisivo de observação e de visão de perspectiva jamais alcançados pelas pessoas "aceitas". Ele faz com que tenhamos um anseio maior no sentido de liberar nossa própria natureza e provoca em nós um desejo intenso por uma cultura que combine com essa natureza. Só esse anseio, esse desejo ja faz a pessoa prosseguir."

É exatamente esse o anseio que estou sentindo. Aqui onde estou me sinto fora de lugar. Preciso tomar alguma providência urgentemente!

Tudo isso se dá num cenário muito favorável. Apesar de estar separada há 5 anos, somente agora assinei meu divórcio. Parece que esse ato simbólico me jogou na cara uma liberdade nunca vivida antes. EU ESTOU LIVRE!!!! Posso fazer o que bem entender, na hora que quiser, com quem quiser. Isso é muito novo pra mim, que vivi a vida toda com pessoas dependendo de mim, me fazendo cumprir tarefas, horários, metas, etc desde muito cedo na vida. Tenho o mundo a descobrir e estou adorando!!!!! Quero abraçar essa sensação e saboreá-la até a última gota e, se for o caso, ficar embriagada.

Outra coisa favorável: hoje sou mais madura, tenho alguma sabedoria de vida, sei separar melhor o que é bom e ruim para mim. Estou num processo de autoconhecimento ferrado há algum tempo, justamente por estar vivendo sozinha há algum tempo. Esse ano foi muito rico para meu desenvolvimento pessoal. Ficar totalmente sozinha na vida, sem um homem ao meu lado, sem minha família, longe dos meus filhos foi muito difícil. Tive de constatar muita coisa que antes fingia não enxergar. Tive muito medo. Chorei muito, emagreci, perdi minhas forças, sofri. Vivi um ano de forma bastante introspectiva, solitária. Fiquei longos períodos enfurnada no meu canto refletindo, lendo e curtindo a companhia de alguns poucos e selecionadíssimos amigos. A vida social existiu, claro, mas ela me cansava... Não tenho paciência para os papos fúteis das pessoas.

Hoje posso dizer que o pior já passou. Estou mais leve, mais confiante, otimista, me permitindo levantar a cabeça para olhar a vida e viver novas experiências, novos contatos. E por incrível que pareça, algumas pessoas interessantes têm se aproximado de mim e me mostrado que há gente de todo tipo no mundo. Basta encontrarmos a nossa praia, aquela em que a nossa natureza selvagem possa florescer e viver feliz.

Agora só me resta planejar, pensar, analisar opções, pavimentar o caminho para me lançar ao desconhecido novamente. Já fiz isso antes e provavelmente farei melhor agora, mais experiente. O medo do desconhecido vai tentar me paralisar, me fazer recuar e insistir no desconfortável mundo onde tudo é conhecido mas insuficiente. Como faço para encontrar o meu lugar? Como ter coragem para me lançar nessa procura? Confio que o impulso de vida que tenho dentro de mim vai me ajudar, pois ele não me deixa ficar acomodada.

Que o novo ano me traga coragem, sabedoria e sorte para encontrar bons caminhos para a minha vida!!!

A liberdade é a possibilidade do isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo. - Fernando Pessoa




sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Eu quero ter tudo na vida

Outro dia, conversando com um amigo, falávamos sobre ter tudo na vida. Ele me dizia que para ele a vida só vale a pena se a gente puder ter tudo, sem abrir mão de nada (ou algo assim).

A gente vive ouvindo a toda hora que "nao dá pra ter tudo na vida". E é desse paradigma que ele discorda. Esse papo não me sai da cabeça e desde então tenho refletido muito sobre o assunto. Num primeiro momento minha reação foi reafirmar que não é possível ter tudo na vida e eu me remeti imediatamente à minha estória de vida, claro, pois não saberia opinar sobre a de outra pessoa.

A minha vida foi primordialmente pautada pela dedicação ao outro. Certos ou não, os caminhos se foram fazendo sem que eu tivesse tido forças e determinação para escolhê-los 100% de acordo com as minhas convicções, o meu jeito de ser e minhas intuições.

Minha maior e até o momento única realização na vida são os meus dois filhos. Não foi fácil tê-los tão nova, inexperiente, mas não sem consciência da imensa responsabilidade que é ter uma vida dependendo de mim, o que dirá duas vidas? Esse foi o maior desafio que tive de enfrentar na vida e aconteceu quando eu tinha apenas 20 anos. Eu jamais recomendaria isso para minha filha! Pelo menos não aos 20 anos. Felizmente ela já está com 22...

Sou forçada a usar uma encruzilhada dessas como exemplo de que não dá pra ter tudo na vida. Pelo menos era o que eu pensava com muita clareza na época. Eu estava no meio da faculdade de Direito, tinha sonhos e planos profissionais a serem iniciados ainda. Um filho naquele momento fez uma reviravolta nesses planos e eu tive de colocá-los de lado até 2a ordem. Eu não contava com ajuda de ninguém e talvez por fraqueza, inexperiência, imaturidade ou falta de orientação e apoio, não consegui ser boa mãe e boa profissional simultaneamente. Até tentei por um tempo. Mas a chegada da minha filha me fez ver que eu não tinha escolha: tinha de ser mãe. Naquele momento eu pensava que filho e vida profissional eram coisas incompatíveis. Meus filhos não tinham culpa de nada. Eu é que tinha a maturidade (amadureci na marra em mto pouco tempo) para cuidar deles e discernir entre meus erros e fraquezas e a responsabilidade de longa duração que se impunha a mim naquele momento.

Foi muito difícil. Eu tinha muito medo, pavor!, me sentia frustrada, assustada, desprotegida, achava que não daria conta de tudo e, pior, eu não sabia lidar com o peso de um passo tão definitivo que é ter um filho. Eu era totalmente imatura e despreparada e não tinha como desistir, abandonar, voltar atrás. Sei que há mães cruéis o suficiente para agir assim. Eu não sou assim, graças a Deus.

Hoje, 27 anos depois, consigo olhar para esse medo tão distante no tempo e ainda tão vivo em mim que chego a senti-lo novamente, igualzinho, paralizante, mas com uma diferença: a constatação de que o loooongo e árduo caminho percorrido deu certo. Consegui cumprir minha tarefa e acho que tirei boas notas no final.

Tenho dois filhos bonitos (não só fisicamente), educados, inteligentes, companheiros, amigos, interessados, cuidadores, bons profissionais, esforçados. Vão me substituir muito bem nesse mundo. Por todos esses anos eles foram a razão da minha existência. Já são independentes nas coisas práticas da vida mas continuamos unidos por um amor imenso. Eles são as únicas pessoas no mundo em quem eu confio e sei que posso contar.

Criar um filho, ter alguém cujo destino e formação depende apenas de nós é um exercício diário de amor, doação, tolerância, desprendimento. Educar nos humaniza, nos deixa menos egoísta, nos faz entender que tudo na vida tem dois lados (só 2?) nos dá paciência e muita, muita sabedoria. Eu quase não tenho experiência profissional, mas tenho muita experiência de vida, de relacionamento, de amor e doação. Sou hoje uma mulher realizada e feliz por isso.

Somente agora é que estou começando a repensar e retomar uma vida profissional para chegar até onde for possível. Com certeza não vou chegar tão longe quanto uma pessoa que sempre foi livre para exercer a profissão que escolheu. Mas sei que toda essa inteligência emocional adquirida ao longo desses anos vai me ajudar muito e qualquer que seja o grau de sucesso profissional que eu alcançar, estarei obtendo a 2a grande conquista da minha vida. A primeira foram os meus filhos.

A duras penas talvez eu ainda consiga ver que meu amigo tem razão: a gente pode sim ter tudo na vida. Talvez precisemos apenas entender que nem sempre temos tudo ao mesmo tempo, mas cedo ou tarde, o que é nosso vem até nós... Não é, Beto?





sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Notas da Sinfonia

Tadinho do meu blog... anda tão abandonado.....
Tenho estado muito ocupada por causa do trabalho e nem tenho tido tempo de me aprofundar nos meus pensamentos e sentimentos. A vida faz a gente ficar um tanto reativa não é?
Sinto muita falta de elaborar melhor minhas ideias, de refletir sobre o que leio, sobre as conversas com pessoas inteligentes.
Mas uma ideia me surge agora.
Recebi de um amigo um texto, uma reflexão sobre os diversos tipos de seres existentes: o texto é relativamente longo, mas vou resumir: começa falando sobre o vento que é apenas a expressão da energia, que de certa forma pode ser traduzida como "vida". Depois, os animais que são reféns dos seus instintos, não possuem liberdade para escolher como agir pois não compreendem as leis que regem suas vontades. A seguir passa para o homem que, ao contrário dos animais, consegue abstrair e se ver de fora, analisa seus instintos e consegue compreender melhor a sua existência e tem a liberdade de escolher como agir (livre-arbítrio). Em seguida vem um anjo que representa o meio do caminho da evolução entre homem e Deus. Nem preciso dizer que, ao refletir sobre Deus, o texto termina concluindo que todos somos partes necessárias de um universo, dirigido com harmonia tal qual uma sinfonia que possui notas mais altas e notas mais baixas na escala da evolução.
Achei muito interessante.
Esse texto me fez pensar numa questão que tem me deixado bastante incomodada ultimamente: a educação, o berço. Tenho encontrado pessoas muito diferentes na escala da "evolução educativa". Mas infelizmente as menos evoluídas parecem ser a maioria. Tive a infelicidade de topar com um exemplar da espécie recentemente. Um sujeito que só olha o próprio umbigo, acha que o mundo conspira contra ele, que não é responsável, confiável, não é sério, muito menos educado. Trata as pessoas com ironia, fala mal pelas costas, "se acha". Que deselegância! E ainda por cima se propõe a tratar com pessoas, ter uma equipe sob seu comando. Quanta pretensão! Todos se afastam dele, e com razão. Não vou ficar falando desse infeliz. Ele ainda tem muito a evoluir e isso só vai ocorrer se ele se der conta de que precisa melhorar para conseguir sobreviver decentemente no meio das pessoas. Hoje vi na TV uma reportagem sobre o mal que um chefe pode causar nos seus subordinados. Vai desde problemas cardíacos, depressão, insônia e muitos outros. Por que será que a ganância e a vaidade e seja lá o que mais, têm de falar mais alto?
A gente tem de se acostumar e respeitar a diversidade, mas às vezes é difícil pensar como no texto que li, segundo o qual pessoas assim também são necessárias para formar o conjunto das notas da sinfonia do universo... São os anti modelos, que não deixam de ser modelos de alguma coisa. Eu hein?

domingo, 15 de novembro de 2009

Olhos de Gato

De repente, no meio da multidão, um par de lindos olhos verdes emoldurados por longos cílios negros (occhi di gatto!) pousam sobre mim e colam no meu corpo, na minha alma... Foi mágico.

Quando é que eu poderia imaginar? Um olhar assim apaixonado e encantador me acompanhou durante toda a tarde e me fez muito feliz. Trouxe de volta a alegria e a vida.

Foi tão intenso que me deixou tímida, sem jeito, eu parecia adolescente. Mas adorei, principalmente pelo significado do acontecido.

Eu estava há tempos amargando o fim de uma relação que foi muito difícil, sofrido, triste. Esse olhar intenso e lindo simbolizou o fim desse luto. Se eu estivesse com cara de sofrimento, de amargura ou outra coisa ruim, eu não teria sido notada no meio de tanta gente, de forma tão apaixonada. Se isso aconteceu, foi por que eu estava emitindo luz (Lúcia vem de luz, né?...). E independente de qualquer coisa que aconteça, isso já foi, para mim, o primeiro passo de uma nova fase na minha vida: de leveza, de alegria, de confiança nas relações e no amor.

Estou muito feliz por viver algo assim.

Um beijo aos olhos verdes. Além de lindos vcs me curaram!


sábado, 7 de novembro de 2009

Rodei a Baiana

Pois é...

Olha só como é a vida........

Foi só eu escrever aqui sobre os infelizes que acham que o mundo lhes deve satisfação e que todas as pessoas não fazem mais nada além conspirarem contra a sua pessoa, que topei com um assim. Parece que foi para por à prova a minha capacidade de entendimento, tolerância e respeito ao próximo.

Fui exposta a uma situação bastante constrangedora de ser questionada e acusada diante de terceiros e em altos brados sobre algo que não havia feito nem dito. Pura agressividade e falta de boas maneiras! Já não era a primeira vez que essa pessoa pequena e sem educação me tratou assim e dessa vez resolvi enfrentar. Não aguentei. Insurgi contra o meu agressor com toda a razão que julgava ter, fazendo com que ele engolisse as palavras e ficasse quieto ou, no mínimo, se surpreendesse e parasse pra pensar. Quem fala o que quer, ouve o que não quer!

Detesto esse tipo de situação e normalmente fujo para me preservar, pois tenho medo da minha própria agressividade. Mas pude perceber que isso não é saudável. Guardar para mim a minha raiva e indignação e não falar o que penso no quente da situação é péssimo. Dá dor de barriga e demora a passar. Ao reagir, saí leve, de consciência tranquila e confiante de que nada do que disse pode ter sido tão fora da realidade apesar da mente turvada pela raiva.

Foi uma evolução pessoal, um marco para mim. Educação demais às vezes atrapalha e a gente tem de saber rodar a baiana quando é preciso.

Já recebi um pedido de desculpas (obviamente não foi do infeliz que provavelmente continua achando que pode falar tudo o que quer) e tive apoio de outros ouvintes. Para mim, basta isso como feedback.

Esse sujeito está fadado a ficar só na vida, pois todos vão um dia perceber sua pequenez e virar as costas pra ele. Isso só vai mudar (se for o caso) no dia em que a solidão o incomodar e ele tomar consciência de que, se todos se afastam dele, a razão não está nos outros, mas sim nele próprio. Nesse momento, para manter uma vida social minimamente civilizada, ele vai ter de aprender e praticar boas maneiras, tolerância, autocontrole, civilidade e, principalmente, vai ter de aprender a ter contenção verbal. Nessa hora ele vai notar que o mundo trata muito bem quem é educado, gentil e pratica o amor.

Para terminar copio aqui um poema que recebi de um amigo:

Maneiras

As pessoas possuem um infindo espectro de maneiras

Algumas são repletas de sutileza, interesse e sofisticação

Outras são supérfluas, prepotentes e repletas de asneiras

Enquanto outras vagam entre esta e aquela, perdidas na indecisão


As primeiras são como refinados diamantes

Pois suas curiosidades possuem a firmeza de seguir aprendendo

E as suas sofisticadas linhas provocam um frenesi alucinante

Que incita os convivas ao prazer de com eles continuar convivendo


As segundas são como um novo produto que invade o mercado

Pois normalmente chegam carregados de atributos interessantes

Mas que em segundos tornam-se obsoletos, perdem o brilho e são ignorados

Transformando-se em apenas mais uma peça num fluxo itinerante


As outras por serem ora um novo produto, ora um diamante

Possuem a angústia conflitante de todos os seres indecisos

E essa atitude inconsistentemente mutante

Faz com que o convívio seja mais um suplício do que um paraíso


A beleza do diamante é que sua estima está sempre valorizando

O desalento do produto de mercado é que ele rapidamente perde o valor

Enquanto que o indeciso vaga na balança entre o definhando e o prosperando

Ah Vida! Opções, pessoas, estilos, gostos e desgostos. Esplendor! (Tadany – 17 05 08)